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quarta-feira, 15 de junho de 2016

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

As Unidades de Conservação (UCs) são legalmente instituídas pelo poder público, nas suas três esferas (municipal, estadual e federal) e reguladas pela Lei n° 9.985 de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
São espaços territoriais, incluindo seus recursos ambientais, com características naturais relevantes, que têm a função de assegurar a representatividade de amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente.
As UCs asseguram às populações tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais de forma racional e ainda propiciam às comunidades do entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis. Estas áreas estão sujeitas a normas e regras especiais. São legalmente criadas pelos governos federal, estaduais e municipais, após a realização de estudos técnicos dos espaços propostos e, quando necessário, consulta à população.

As Unidades de Conservação são divididas em dois grupos: Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável.

Unidades de Proteção Integral: a proteção da natureza é o principal objetivo dessas unidades, por isso as regras e normas são mais restritivas. Nesse grupo é permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais; ou seja, aquele que não envolve consumo, coleta ou dano aos recursos naturais. Exemplos de atividades de uso indireto dos recursos naturais são: recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica, educação e interpretação ambiental, entre outras.

As Unidades de Proteção Integral são divididas em 5 categorias: 

1. Estação Ecológica: área destinada à preservação da natureza e à realização de pesquisas científicas, podendo ser visitadas apenas com o objetivo educacional.

2. Reserva Biológica (REBIO): área destinada à preservação da diversidade biológica, na qual são realizadas medidas de recuperação dos ecossistemas alterados para recuperar o equilíbrio natural e preservar a diversidade biológica, podendo ser visitadas apenas com o objetivo educacional.

3. Parque: área destinada à preservação dos ecossistemas naturais e sítios de beleza cênica. O parque é a categoria que possibilita uma maior interação entre o visitante e a natureza, pois permite o desenvolvimento de atividades recreativas, educativas e de interpretação ambiental, além de permitir a realização de pesquisas científicas.

4. Monumento Natural: área destinada à preservação de lugares singulares, raros e de grande beleza cênica, permitindo diversas atividades de visitação. Essa categoria de UC pode ser constituída de áreas particulares, desde que as atividades realizadas nessas áreas sejam compatíveis com os objetivos da UC.

5. Refúgio da Vida Silvestre: área destinada à proteção de ambientes naturais, no qual se objetiva assegurar condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna. Permite diversas atividades de visitação e a existência de áreas particulares, assim como no monumento natural.
  
Unidades de Uso Sustentável: são áreas que visam conciliar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais. Nesse grupo, atividades que envolvem coleta e uso dos recursos naturais são permitidas, mas desde que praticadas de uma forma que a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos esteja assegurada.

As Unidades de Uso Sustentável são divididas em 7 categorias:

1. Área de Proteção Ambiental (APA): área dotada de atributos naturais, estéticos e culturais importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Geralmente, é uma área extensa, com o objeitvo de proteger a diversidade biológica, ordenar o processo de ocupação humana e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. É constituída por terras públicas e privadas.

2. Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE): área com o objetivo de preservar os ecossistemas naturais de importância regional ou local. Geralmente, é uma área de pequena extensão, com pouca ou nehuma ocupação humana e com características naturais singulares. É constituída por terras públicas e privadas.

3. Floresta Nacional (FLONA): área com cobertura florestal onde predominam espécies nativas, visando o uso sustentável e diversificado dos recursos florestais e a pesquisa científica. É admitida a permanência de populações tradicionais que a habitam desde sua criação.

4. Reserva Extrativista (RESEX): área natural utilizada por populações extrativistas tradicionais onde exercem suas atividades baseadas no extrativismo, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, assegurando o uso sustentável dos recursos naturais existentes. Permite visitação pública e pesquisa científica.

5. Reserva de Fauna (REFAU): área natural com populações animais de espécies nativas, terretres ou aquáticas; adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos.

6. Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS): área natural onde vivem populações tradicionais que se baseiam em sistemas sustentáveis de exploração de recursos naturais. Permite visitação pública e pesquisa científica.

7. Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN): área privada com o objetivo de conservar a diversidade biológica, permitida a pesquisa científica e a visitação turística, recreativa e educacional. É criada por iniciativa do proprietário, que pode ser apoiado por órgãos integrantes do SNUC na gestão da UC. Esta última categoria espera uma mudança para o grupo de Unidade de Proteção Integral, visto que na prática não é permitido coleta nem uso dos recursos naturais.


Existem ainda outras áreas protegidas que não pertencem à Unidade de Conservação. São as Terras Indígenas e os Territórios Remanescentes de Comunidades Quilombolas.

Unidades de Conservação em cada bioma brasileiro




Mapa com a divisão das categorias de Unidades de Conservação: Unidade de Proteção Integral e Unidade de Uso Sustentável

Fontes:
http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/unid/
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27099-o-que-sao-unidades-de-conservacao/
https://jus.com.br/artigos/14955/reserva-particular-do-patrimonio-natural-rppn
https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/codigo-florestal/reserva-legal-protecao-necessaria-ou-intromissao-do-estado/unidades-de-conservacao-ucs-reserva-propriedades-privadas.aspx
http://www.florestal.gov.br/snif/recursos-florestais/sistema-nacional-de-unidades-de-conservacao

terça-feira, 14 de junho de 2016

Karl Landsteiner

Hoje é aniversário de 148 anos do nascimento de Karl Landsteiner, médico e biólogo austríaco. 
Ele foi o ganhador do prêmio Nobel de Medicina de 1930, pela classificação dos grupos sanguíneos, que conhecemos por sistema ABO mas que pode ser chamado de sistema de classificação sanguínea de Landsteiner. E foi ele que também descobriu o fator Rh.
Foi esse avanço científico que tornou possível a transfusão de sangue, que foi realizada pela primeira vez em 1907.
Para descobrir essas características do sangue, Landsteiner recolheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou as hemácias e realizou diferentes combinações entre essas células e o plasma, obtendo como resultado a aglutinação do glóbulos vermelhos (hemácias) em alguns casos, formando grânulos, e em outros casos não ocorriam a aglutinação. Ele concluiu que o sangue tinha particularidades, de pessoa para pessoa.
Landsteiner foi quem propôs o termo "anticorpo" para as substâncias sanguíneas aglutinadoras, termo usado até hoje e que ficará para sempre gravado no vocabulário científico.
Hoje é Dia Mundial do Doador de Sangue.

Karl Landsteiner  (14/06/1868 - 26/06/1943)



terça-feira, 22 de setembro de 2015

Sistema Urinário - Formação da Urina

O vídeo descreve a formação da urina nos seres humanos.
De modo geral o funcionamento dos néfrons é muito semelhante entre os mamíferos, havendo algumas exceções, mas todos eliminam a ureia como resíduo metabólico nitrogenado.
A ureia é obtida a partir da metabolização das proteínas. E como todo mamífero, somos classificados como ureotélicos.
As etapas envolvidas na produção da urina (filtração, reabsorção e secreção) são abordadas de forma simplificada para um entendimento mais claro e objetivo.


Para assistir o vídeo em HD: https://www.youtube.com/watch?v=TXaoySvTA2E

Ciclos Biogeoquímicos - Ciclo do Oxigênio


Se por um lado o fenômeno da fotossíntese retira o CO2 (gás carbônico) da atmosfera, por outro lado é o responsável pela origem do gás oxigênio (O2) em nossa atmosfera.
O gás oxigênio é produzido durante a construção de moléculas orgânicas pela fotossíntese (se não houvesse fotossíntese, o oxigênio atmosférico se esgotaria em 5 mil anos, aproximadamente) e consumido quando essas moléculas são oxidadas na respiração ou na combustão.
A fotossíntese libera O2 na atmosfera, sendo consumido pelas reações de combustão (indústrias, motores, etc.) e pelos seres aeróbios (inclusive decompositores) através da respiração.
Na estratosfera, parte desse gás é transformada em ozônio (O3) pelos raios ultravioletas com comprimento de onda menor que 200 nm. Esse ozônio é transformado em oxigênio pelos raios ultravioletas com comprimento de onda entre 200 a 300 nm. Essas duas reações (de oxigênio para ozônio e vice-versa) mantêm o equilíbrio da camada de ozônio, que funciona como um filtro protetor.


Esquema da formação e destruição do gás ozônio na estratosfera.
O ciclo do oxigênio está intimamente ligado ao ciclo do carbono.

Esquema do Ciclo do Oxigênio (via Pinterest)



Já que tocamos no assunto, vamos falar um pouco sobre a Camada de Ozônio...


A camada de ozônio

Também chamada de ozonosfera, retém cerca de 80% de toda radiação ultravioleta. Com a sua destruição, os raios chegam até a Terra, colocando em risco o ser humano, podendo causar mutações gênicas, catarata e câncer de pele; e o meio ambiente, com a redução da fotossíntese e destruição do plâncton.
A destruição da ozonosfera acontece naturalmente, porém adquire um efeito devastador, pela ação do homem, com a liberação de gases de aviões supersônicos (que voam acima de 20 km de altitude) e gases utilizados em aerossóis, na fabricação de solventes, em sistemas de refrigeração e nos condicionadores de ar, conhecidos como clorofluorocarbonetos (CFCs) e hidroclorofluorocarbonetos (HCFCs). Outras moléculas químicas que intensificam a destruição da camada de ozônio são o brometo de metila (CH3Br), biocida usado na agricultura e os óxidos de nitrogênio, gerado no processo de desnitrificação de compostos orgânicos usados em adubos.

A reação da destruição

Os CFCs, atingidos pela radiação ultravioleta, liberam átomos de cloro que reagem com o ozônio, primeiro juntando-se a ele e depois quebrando-o, transformando-o em oxigênio. Porém, no fim da reação, os átomos de cloro são regenerados e destroem mais moléculas de ozônio. O processo da formação de ozônio a partir do oxigênio não é interrompido, entretanto a velocidade da destruição é maior do que a de formação, levando a uma redução de concentração de ozônio na estratosfera.

Destruição da molécula de ozônio pela molécula de CFC


UM OLHO NO GATO E OUTRO NO PEIXE
De acordo com o WWF, os CFCs, depois de liberados na atmosfera, levam 8 anos para chegar à estratosfera, onde ocorre a reação com os raios ultravioletas.
Uma única molécula de CFC pode destruir até 100 mil moléculas de ozônio e cada 1% de ozônio perdido causa 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira.


E agora?

Em 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, que visava reduzir a produção dos CFCs, substituir por gases não agressivos e frear o consumo desses produtos. 
Quase 30 anos depois, os resultados são animadores. Entre aumentos e diminuições, o buraco da camada de ozônio, como ficou conhecido, tem hoje o segundo menor valor da últimas décadas. As estimativas são que, se as reduções continuarem, tanto nas produções quanto nas emissões, a camada de ozônio, talvez possa se regenerar por volta de 2065, de acordo com a Nasa.
Porém, ONGs que protegem o meio ambiente, não são otimistas e relatam evidências de que o problema não está controlado, sobretudo nos pólos. A Antártida é a região mais suscetível e os cientistas observam que o buraco tem  aumentado e relatam que seus efeitos são mais evidentes.

ATIVE SUA ATENÇÃO AQUI
Os plânctons (fito e zoo) são a base da cadeia alimentar marinha e absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta. A diminuição drástica desses organismos pode causar um grande desequilíbrio ambiental. 
Precisamos ter consciência do que consumimos e ainda, de que todas as nossas escolhas tem consequências para o planeta e para nós mesmos.



 

Ciclos Biogeoquímicos - Ciclo do Carbono

O carbono é um dos elementos químicos mais abundantes nos seres vivos. A maior parte do carbono encontra-se como matéria prima orgânica, constituída por moléculas dos seres vivos e depósitos de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural) e gás carbônico (CO2), no ar ou dissolvido na água.

O ciclo do carbono acontece assim:

1- Depósitos de combustíveis fósseis são provenientes de organismos do passado, que sofreram transformações ao serem submetidos a determinadas condições de pressão e temperatura.
2- A utilização dos combustíveis fósseis (combustão) em indústrias, meio de transporte e residências elimina CO2 na atmosfera.
2- Organismos mortos e resíduos sofrem decomposição, que também liberam CO2.
2- A queimada de florestas, lenha e carvão vegetal também libera CO2.
2- Degradada na respiração celular aeróbica ou na fermentação, a matéria orgânica origina moléculas mais simples, como o CO2, liberadas para o ambiente.
3- Seres vivos fotossintetizantes, terrestres e aquáticos, absorvem CO2 do ambiente e pela fotossíntese, incorporam átomos de carbono originários do CO2, em moléculas orgânicas.

Representação do ciclo descrito acima

Esquema do Ciclo do Carbono (via Pinterest)